O "meu" Porto!!

janeiro 12, 2019




Uma cidade do Norte, um povo de raça, um pedaço de boa comida, um rio que nos pisca o olho. O Porto é tudo isto e muito mais.
Não nasci nesta cidade, não estudei nela nem nunca vivi na mesma. Mas as cidades são "nossas" quando nos sentimos bem, quando nos acolhem a sorrir e quando a adoptamos.
No Porto sinto-me bem, respiro serenidade e calmaria, percorro quilómetros sem dela sair, desgasto solas de sapatos a conhecer e reconhecer cada canto, cada rua, cada beco.
São várias as vezes que tomo esta cidade como o meu destino para alguns fins de semana. Não tantos como queria nos últimos tempos, mas quando passo o Freixo ou Arrábida ou até mesmo quando desço Gaia em direcção à ponte D. Luiz I, sinto as borboletas na barriga e a sensação de ser a primeira vez que ali vou e estou.
Sou do tempo que os turistas ainda não tinham descoberto esta cidade e em que o Porto ainda não saía em revistas e reportagens como sendo a cidade eleita para se visitar. Sou do tempo em que existia aquele mercado tão único e característicos, que funcionava em pleno, o Bolhão. Sou do tempo em que a rua das flores não estava inundada de gruas nem de obras, assim como o resto da cidade. Sou do tempo em que os restaurantes iam aparecendo de forma modesta e equilibrada. Neste momento nascem como pipocas.

Não é difícil nos apaixonarmos por este pedaço de terra. Mais fácil ainda é a empatia com os seus moradores. Gentes simples, de alma e voz forte, de coração grande, não fosse o Porto uma nação.
A melhor forma de conhecer o Porto é nos deixarmos perder. Seguidos pela bússola da curiosidade e da vontade de conhecer mais e mais.






Um inicio na Rua de Santa Catarina, descemos até à Estação de São Bento, mais à frente a Sé faz um piscar de olhos. Se passar a ponte para Gaia faz parte do roteiro, esse é o momento. Uns minutos de puro prazer, um momento para usufruir de uma vista encantada sobre as cidades de Gaia e do Porto com o Douro a meio para as unir. Mas se o objectivo é conseguir a vista perfeita e iluminada do Porto e da Ribeira, subir a Serra do Pilar fará parte do itinerário.
Descendo até Gaia, a visita a uma cave e a degustação de um cálice de vinho do Porto pode ser e deverá ser opção.
Atravessamos novamente a Ponte D. Luiz I, agora a ponte debaixo com todo o cuidado e nos encantamos com a movimentada Ribeira. Subir a Rua das flores hoje é outra aventura, Entre gruas e muitos turistas, as lojas que por ali se fixaram chamam a atenção. Subir a Torre dos clérigos é o próximo destino. Da igreja à soberba vista que se tem lá do cimo, foi uma visita à noite que me despertou essa curiosidade. Haja força para subir tanto degrau e para andar em redor da torre. Um verdadeiro teste para quem, como eu, tem vertigens.
Descemos e vamos até à tão conhecida Livraria Lello, depois passando pela Rua do Almada chegamos aos Aliados. Como canta Pedro Abrunhosa, encontremo-nos nos Aliados. Ponto de encontro de multidões, em festejos ou não, os Aliados é um espaço de união.
Os jardins do Palácio de Cristal, mais afastado do centro, e a da Fundação Serralves também merecem uma visita. E já que se está por aqueles lados porque não visitar a casa da música e o parque da cidade.
A foz também merece uma visita que terá outro sabor e significado se o fizer de eléctrico. Apanhe o eléctrico abaixo da Igreja de São Francisco onde pode aproveitar a visita à igreja depois da chegada vindo de eléctrico da foz.

São muitos os roteiros possíveis, as mais variadas formas de se ver e sentir o Porto. Não há um itinerário definido, talvez seja isso que torna esta cidade diferente.

São muitas as fotografias que tenho vindo a guardar nestas minhas idas à cidade. A tarefa de escolher algumas foi difícil, no entanto penso que a escolha reflecte parte de uma cidade única.

Será que vos consegui convencer a visitar ou revisitar novamente esta cidade?












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